Terreiro de Umbanda

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Coluna Ubuntu

Aproveite o seu caminho

Aproveite o seu caminho

Acredito que muitos aqui, mais de uma vez inclusive, durante a sua caminhada espiritual, tenha se questionado e se perguntado: Será que estou no caminho certo? Aqui é o meu lugar? Qual o objetivo disso tudo? Temos o costume de depositar um grande valor no objetivo, no destino final, ansiando por algo que nos justifique e nos valide em relação à posição em que nos encontramos no momento e, nesse foco tão grande na linha de chegada, que está lá no futuro, acabamos por nos esquecer de aproveitar o caminho e de aprender com a caminhada, que é feita no agora, no presente. (Digo por experiência própria). A caminhada não é fácil. Há tropeços, atrasos, desvios. Mas cabe aqui uma reflexão: Que graça teria se fosse fácil? O que manteria a vontade de continuar, melhorar, aprender e superar vida? De que valeria a experiência nesse plano sem os desafios para nos proporcionar a oportunidade de superar as adversidades e evoluir, como espírito e como pessoa? Acredito que mais importante que dar valor ao “prêmio final”, se é que existe um, seja valorizar as pequenas conquistas adquiridas em cada passo do caminho. Aquelas que deixamos de celebrar porque pensamos ser bobagem ou não ser nada demais. Tenho ouvido frequentemente da espiritualidade que as pessoas precisam aprender a serem mais gentis consigo mesmo (eu incluso) e reconhecer que cada avanço, por menor que pareça, deve ser comemorada. Pare e pense: Quanta coisa você já aprendeu e descobriu desde o dia em que começou? As histórias que ouviu, as experiências que trocou, os erros, os acertos e, principalmente, quantas coisas você deixou passar por estar preocupado com o futuro, questionando seu valor e se ali era seu lugar, e talvez não tenha percebido que, naquela hora, era exatamente ali o lugar em que você deveria estar? Entendo (depois de muito “bater a cabeça”) a necessidade do sentimento de pertencer, afinal, por mais que venhamos à esse mundo sozinho, não fomos feitos, ainda que muitos digam ao contrário, para permanecermos sozinhos. Mas, ainda assim, no final das contas, só podemos trilhar o nosso caminho com as nossas escolhas individuais, a única pessoa que está ao nosso lado somos nós mesmos, não deveríamos tratar a sí próprios com um pouco mais de gentileza? Não ser tão duro consigo mesmo, não é ser irresponsável ou displicente, mas é entender as próprias limitações. É saber que ainda há muito para percorrer, mas também entender que já trilhou um longo caminho para chegar onde está. Chorou. Sorriu. Mas continuou. Ouvi da mãe Luci, uma vez, que “se conselho fosse bom a gente vendia”, mas se posso aqui lhe oferecer um, digo: Aproveite mais o caminho! Observe cada detalhe, aprenda com erros, ensine com os acertos, compartilhe conhecimento, tire as suas dúvidas, comemore as pequenas conquistas. Saiba onde quer chegar, mas se preocupe com a caminhada e não com destino. Seja mais gentil consigo mesmo. O seu lugar é sempre onde você está.  
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