No dia 19 de maio, o Brasil comemora duas datas muito importantes para quem atua ou quer atuar no mundo do Direito: o Dia dos Acadêmicos de Direito e o Dia Nacional do Defensor Público. Mais do que uma simples coincidência no calendário, essas datas mostram um verdadeiro chamado ao compromisso com a justiça. Mas afinal, o que é Justiça? Será que é só aplicar a lei do jeito que está escrita? Ou tem algo mais profundo por trás, algo que realmente toca quem escolhe seguir esse caminho? Na Umbanda, a Justiça é coisa séria, é um dos fundamentos sagrados da religião. Ela é representada por Xangô, o Orixá que comanda o equilíbrio, a verdade e a razão.
O curso de Direito é uma das formações mais tradicionais do Brasil. É nele que se formam advogados, juízes, promotores, defensores e tantos outros profissionais que lidam com as leis. O Dia dos Acadêmicos de Direito, comemorado em 19 de maio, homenageia justamente os estudantes que estão nessa caminhada, se dedicando aos estudos e se preparando para defender direitos e cumprir responsabilidades sociais. Essa data também valoriza esses estudantes como futuros agentes de mudança.
Quem entra no curso de Direito, muitas vezes, é movido pelo desejo de transformar a realidade, de fazer justiça, de ajudar os mais vulneráveis. Nos corredores das faculdades, entre livros e debates, vai se formando não só um profissional técnico, mas alguém que pode, no futuro, usar sua voz para defender quem não tem voz.
Também no dia 19 de maio é celebrado o Dia Nacional do Defensor Público, uma homenagem a Santo Ivo (Saint Yves Hélory de Kermartin), que viveu na França no século XIII e é considerado o padroeiro dos advogados e dos pobres. Ele ficou conhecido por defender os mais necessitados com ética, simplicidade e muito compromisso com a justiça social.
A Defensoria Pública é peça-chave no sistema de justiça brasileiro. Foi reconhecida oficialmente pela Constituição de 1988 e tem o papel de oferecer assistência jurídica gratuita para quem não pode pagar um advogado. A data foi oficializada no Brasil pela Lei nº 10.448/2002, mostrando a importância do defensor público como garantia de acesso à Justiça para todos.
Esse papel de defender os injustiçados, de lutar por quem é deixado de lado pela sociedade e de buscar o equilíbrio social, tem tudo a ver com a força de Xangô na Umbanda. Xangô é o Senhor da Justiça, dono das pedreiras e do fogo. Ele não aceita mentira, falsidade ou abuso de poder. Sua energia aparece quando é preciso consertar algo errado, colocar ordem no caos e fazer o certo acontecer. Mas ele não é só punição. Ele também ensina, orienta e mostra o caminho justo.
Na Umbanda, a gente aprende que justiça não é vingança nem rigidez demais. Justiça é equilíbrio, e esse equilíbrio começa dentro da gente. Um defensor público não está ali só pra aplicar leis: ele ajuda a equilibrar vidas. E o estudante de Direito não está apenas decorando normas: ele está se preparando pra defender valores e fazer a diferença. O machado de Xangô, com suas duas lâminas, simboliza essa força que corta o que está errado, mas sempre com verdade e sabedoria. Com Xangô não tem injustiça escondida. Ele levanta o trovão pra acordar consciências. Cada pedra da sua pedreira carrega a firmeza necessária pra sustentar decisões difíceis.
Que esse 19 de maio não seja só um dia de homenagem, mas também de reflexão. Qual justiça a gente está praticando? Quais valores estamos defendendo? E pra onde estamos indo?
