O que é câncer?
Câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância.
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.
O Dia Mundial do Combate ao Câncer, comemorado anualmente em 8 de abril, serve para conscientizar a população sobre os cuidados de prevenção da segunda doença que mais mata no mundo: o câncer, também conhecido como neoplasia.
A data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para que instituições ao redor mundo se reúnam em prol da prevenção dos vários tipos de câncer, além de instruir os pacientes que lutam contra a doença. No Brasil, ainda, é celebrado em todo dia 27 de novembro, o Dia Nacional de Combate ao Câncer.
Há vários fatores determinantes para o surgimento da doença, desde fatores externos como ambiente, hábitos e costumes que o indivíduo possui, até mesmo fatores internos, como características geneticamente pré determinadas, e problemas emocionais. O câncer, assim como no resto mundo, é a segunda doença que mais mata no Brasil, em especial o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, os tipos de câncer que mais atacam os brasileiros são:
– Câncer de pele;
– Câncer de próstata;
– Câncer de mama;
– Câncer de cólon e reto;
– Câncer de pulmão;
– Câncer de estômago.
O câncer pode surgir em qualquer parte do corpo. Entretanto, alguns órgãos são mais afetados do que outros; e cada órgão, por sua vez, pode ser acometido por tipos diferenciados de tumor, mais ou menos agressivos.
Felizmente, com base nas recentes notícias que abordam os avanços tecnológicos e os novos tipos de tratamento, a população e a comunidade científica têm motivos para comemorar. De forma geral, entre 60% e 68% dos tipos de câncer já têm cura e para alguns tipos chegam a 100%.
A espiritualidade como pilar de apoio no tratamento do câncer.
A fé em algo superior pode ajudar na adesão aos cuidados requeridos em cada fase da doença, bem como na resiliência para enfrentá-las. Sabe-se que em momentos de crise, como quando se recebe o diagnóstico de um câncer, muitas pessoas intensificam a sua fé.
O câncer na visão da Doutrina Espírita
O câncer é uma das doenças que mais desafia a humanidade, trazendo sofrimento físico, emocional e espiritual. No entanto, na visão espírita, a doença não é vista como um castigo, mas como uma oportunidade de transformação e aprendizado.
As enfermidades, incluindo o câncer, têm suas raízes em desequilíbrios espirituais e emocionais que trazemos de vidas passadas ou que desenvolvemos nesta existência. O corpo físico reflete, muitas vezes, o estado da alma.
O câncer pode ser uma manifestação da necessidade de cura interior, da reconfiguração de atitudes, pensamentos e sentimentos que prejudicam nossa saúde mental e espiritual.
A importância do autoconhecimento e da reforma íntima
O Espiritismo nos ensina que a cura verdadeira vai além do tratamento físico. O processo de cura está intimamente ligado ao nosso esforço em melhorar como seres humanos, cultivando o perdão, a paciência e a fé. Ao adotarmos uma postura positiva e equilibrada, a alma se fortalece, e isso reflete diretamente no corpo.
Transformação e esperança.
O câncer, assim como outras dificuldades, pode ser um convite para a reflexão, a mudança e o fortalecimento do espírito. Cada desafio é uma chance de aprendizado e evolução. Com fé, coragem e perseverança, podemos superar até as provas mais difíceis.
Quando eu fiz o câncer e recebi o diagnóstico de um carcinoma no rim direito, já conhecia a doutrina espírita e de imediato tive a certeza de que além da profilaxia física, como controle da pressão arterial, controle da glicemia, sedentarismo pois antes do diagnóstico não fazia nenhuma atividade física, percebi que precisava também mudar a maneira de como me relacionava com os meus sentimentos e emoções e de como recebia e acolhia os problemas do dia a dia. Depois da nefrectomia, esse foi o tratamento, mudei completamente de como eu me relacionava com a vida. Até porquê penso que tive uma moratória pois não precisei fazer a quimioterapia e nem a radioterapia. Comecei a ter consciência do meu corpo, das minhas emoções e de como me relacionar com os problemas diários dando mais importância a saúde como um todo. Não vou dizer que foi fácil, não foi, mas sempre fui muito grata da forma que o câncer chegou na minha vida.
No sincretismo temos Omolu/Obaluaiê
Omolu, associado à terra e às doenças, traz o poder de transformação por meio do sofrimento. Ele nos confronta com nossas dores, físicas e emocionais, para podermos enfrentá-las e, através delas, encontrar a cura.
Obaluaiê , conhecido como o senhor da cura, possui o poder de renovar e restaurar a saúde. Juntos, eles mostram que a cura é um processo que passa pela aceitação das adversidades, onde a saúde resulta do equilíbrio entre corpo, mente e espírito.
Os enfrentamentos e dores que traz Omolu nos levam aos mistérios de Obaluaiê, ajudando-nos a transmutar e ressignificar nossas experiências. A dor e o medo são inevitáveis, mas ao ver as flores e as borboletas, entendemos que todo fim é um novo começo. E assim seguimos, guiados pela sabedoria ancestral de Omolu e Obaluaiê, encantando a vida em todas as suas encruzilhadas.
Que possamos ver o câncer como uma tentativa de reequilíbrio espiritual a quem não soube elaborar bem suas emoções no decorrer das vidas, sendo sempre uma excelente oportunidade para reflexão e avaliação em torno de própria criatura, um retorno ao Criador!