Terreiro de Umbanda

Firmina do Rosário

Coluna Ubuntu

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS DE RUA

DIA MUNDIAL DOS ANIMAIS DE RUA

 

Estava chegando em casa agora e na esquina de casa, havia um vira-latas “filhotão” muito feliz cavando toda a areia que o vizinho está usando para construção. Já conversei com ele que veio com a cara e a “fuça” cobertos de areia muito feliz lamber minhas mãos. Fiquei ali com ele um pouco, vi que está com o quadril e a pata dianteira (que não o impediu de brincar na areia) machucados, provavelmente atropelamento. Fui em casa buscar ração e água fresca para ele e para minha tristeza quando voltei ele não estava mais!

Celebramos hoje, dia 04 de Abril, o Dia mundial dos animais de rua, uma data extremamente importante para conscientizar a população em relação à situação de milhões que não possuem lar. Este dia foi criado por Organizações Sem Fins Lucrativos da Holanda, em 2010, como uma forma de ajudar a diminuir o número de animais abandonados.

De acordo com a OMS, há mais de 200 milhões de animais em situação de rua no mundo inteiro, sendo que no Brasil existem cerca de 30 milhões, dos quais 10 milhões são gatos e 20 milhões são cães. Números como esses mostram a importância de conscientizar a população não só sobre casos de abandono, mas também sobre maneiras de ajudar os animais que vagam pelas ruas em busca de alimentos e sofrem com os maus tratos e descaso da população e das autoridades.

Eles sentem fome, sede, frio, medo e dor. Estão em toda parte, mas na maioria das vezes passam despercebidos. Perdidos ou abandonados, essa é a realidade de muitos cães e gatos. Em uma caminhada pelo bairro onde moramos, podemos contabilizar uma quantidade sem fim de bichinhos abandonados à própria sorte. Além do sofrimento animal, isso representa risco à saúde pública: uma vez na rua, sem cuidados e vacinação, estão suscetíveis a doenças como a raiva ou leptospirose, que podem ser transmitidas a seres humanos.

O Brasil só não tem um colapso populacional de animais de rua porque a maioria infelizmente morre no seu primeiro ano de vida. E nessa estatística está meu recente amigo peludo que conheci hoje. A Universidade Federal do Paraná, através do jornal Comunicação, relatou que Curitiba tenta lidar com o excesso de animais de rua. Foi relatado praticamente tudo que já mencionei acima e essa situação preocupa ONGs e autoridades, que desenvolvem projetos para conscientizar os cidadãos sobre o problema.

Uma solução incentivada pelo Grupo Proteção Animal Quatro Patas, aqui de Curitiba, é a castração dos animais. Fundada em 2004, a organização faz hoje castrações gratuitas em pets de famílias que tenham renda mensal de até R$1500,00. Segundo o site da organização, o número de cirurgias já realizadas é de 14.883 até agora. Isso e mais outras atividades realizadas pela ONG para arrecadar recursos e adotantes para os animais. Esta e muitas outras ONGs tem esse trabalho de formiguinha na tentativa de conseguir minimizar um pouco que seja a situação desses animais.

Aqui vai algumas dicas:

• Adote um animal abandonado!

• Ajude uma ONG de animais!

• Apadrinhe um animal carente!

• Ajude na divulgação de animais que estão para adoção!

• Se possível, pague a vacinação ou a castração de um animal abandonado (verifique junto as ONGs de sua cidade)!

• Denuncie casos de maus-tratos e agressão!

Francisco de Assis considerava os animais nossos irmãos e acreditava que todos os seres vivos têm o mesmo direito à vida que os humanos.

Chico Xavier acreditava que os animais são espíritos em evolução, num estágio inferior ao nosso. Que eles merecem e precisam do apoio dos humanos.

Os budistas acreditam no respeito e cuidados com os animais. Pregam que se deve fazer o bem para todos os seres vivos. Nos seus ensinamentos os animais representam a paz, amor entre outras coisas boas.

O judaísmo acredita que os animais têm alma. No Islamismo a religião ordena que os animais sejam tratados com misericórdia. Para o islã os animais possuem alma.

Na Umbanda acredita-se que os animais têm uma essência primária e que estão em evolução espiritual, que nós temos a responsabilidade de ajudar os animais e que eles reencarnam depois da morte.

Independente da crença, somos todos criaturas de Deus e, portanto, merecedores de respeito e amor!

 

 

Áudio do texto:

Leia também as últimas Colunas:

Gostou deste conteúdo?
Deixe seu comentário ao lado e compartilhe com seus contatos.

Facebook
Twitter
WhatsApp