Oxumaré, tece lições profundas sobre a sinuosidade da existência. Seu conhecimento transcende, orientando-nos a evitar impulsividade nas relações.

Essa força ancestral, percebendo a dinâmica única da vida, é vista pelos Yorubás como a serpente que se enrola no próprio mundo.

Conhecedor não apenas do tempo, mas das mudanças e ciclos, Oxumaré compreende que esses ritmos ecoam na natureza e no micro-universo humano.

Recomenda paciência a nosso Orí, alertando sobre a efemeridade da raiva e da alegria, instando-nos a deixar os ciclos se desenrolarem.

Como a serpente que encara o outro nos olhos, Oxumaré nos ensina a guardar nossos ataques com sabedoria, a não nos apressarmos no bote. Seu poder reside na observação distante, como a serpente cuspideira que, sem tocar os inimigos, cega-os.

Deixe os ciclos se desdobrarem, pois o que permanece é o que verdadeiramente demanda nossa atenção, enquanto o passado, uma vez ido, não retornará da mesma forma.

“Oxumarê é o início e fim de um ciclo, é o arco-íris que colore nossa vida.

Se em algum momento sua vida perdeu toda a graça e a cor , peça a Oxumarê para colorir um novo amanhã para ti.”

Arroboboi Oxumarê