Dia Nacional do Uso Racional de Medicamento
Medicamentos são substâncias que objetivam curar doenças ou aliviar sintomas. São usados para trazer bem-estar, porém, se os devidos cuidados não forem tomados, podem causar problemas.
Por isso no dia 05 de maio dia Nacional do Uso Racional de Medicamento (URM) é uma data comemorativa que surgiu a partir do movimento estudantil do curso de Farmácia, que idealizou e estruturou a campanha há 22 anos. Até hoje, esse dia é lembrado pelos conselhos Federal e regionais de Farmácia, pelo Ministério da Saúde, diversas instituições e pelos centros acadêmicos dos estudantes de Farmácia, anualmente.
A data foi criada para alertar a população quanto os riscos à saúde causados pela automedicação. O objetivo é ressaltar o papel do uso indiscriminado de medicamentos e a automedicação como principais responsáveis pelos altos índices de intoxicação por remédios. A automedicação traz riscos à saúde.
Razões pela qual a população se automedica
– Dificuldades de acesso aos prestadores de serviços de saúde;
– Opiniões de conhecidos que não têm bases técnicas e nem científicas;
– Repetições de experiências anteriores;
Consequências da automedicação:
– Camuflagem de patologias mais graves e prioritárias (retardamento ou agravamento do seu reconhecimento);
– Toxicidade (por vezes levando à morte por intoxicação);
– Efeitos adversos indesejáveis;
– Interações Medicamentosas;
– Potenciar, inibir, ou anular o efeito de outros medicamentos;
– Dependência de medicamentos;
– Morte.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), entende-se que o uso racional de medicamento acontece quando pacientes recebem medicamentos para suas condições clínicas em doses adequadas às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para si e para a comunidade.
Associada, ao uso correto de medicamentos, está o descarte de remédios vencidos ou fora de uso, cabendo aos profissionais de saúde informar aos pacientes que procurem um posto de coleta, pois, há farmácias, drogarias, postos de saúde e hospitais que prestam esse serviço. A Vigilância Sanitária ou a Secretaria de Saúde dos municípios pode dar maiores informações a esse respeito.
Mediunidade, Saúde e Medicamentos
Todo trabalho mediúnico e energético depende, das energias do corpo físico e, portanto, depende diretamente do estado de saúde do médium, o qual depende e, ao mesmo tempo, interfere no seu estado mental e emocional.
Toda doença física é a materialização de um desequilíbrio psíquico e/ou energético prévio. E quando este desequilíbrio se materializa no corpo físico, é porque já estava “encubado” nos outros corpos energéticos há mais tempo.
Assim como os alimentos, os medicamentos também têm energias próprias, que interagem diretamente com as energias físicas e extrafísicas de quem os consome.
Há medicamentos que, por sua ação mais intensa sobre o sistema nervoso, interferem diretamente sobre as energias do duplo etéreo e da aura, interferindo também na sensibilidade mediúnica.
É importante ter em mente que o médium é um ser encarnado como qualquer um, e não um super-homem. Por isso, está sujeito aos mesmos problemas e perturbações que as outras pessoas e o fato de adoecer ou precisar de ajuda profissional ou medicamentos não tira o seu mérito, nem como pessoa, nem como médium.
É importante respeitar o tempo, seguir o tratamento e confiar que a espiritualidade irá caminhar ao nosso lado nesse processo. O equilíbrio entre o físico e o espiritual é essencial para um desenvolvimento mediúnico saudável.
A visão da Umbanda é de que os medicamentos são importantes para a saúde física e mental, e não devem ser abandonados por causa do desenvolvimento mediúnico. A espiritualidade compreende que a saúde física e mental é essencial, e jamais recomendaria que alguém abandonasse um tratamento médico. A umbanda é vista como um complemento à medicina convencional, buscando uma abordagem holística da saúde considerando os aspectos físicos, emocionais e espirituais.
No sincretismo, temos Omolu e Obaluaiê que foram sincretizados com São Lázaro e São Roque, respectivamente. São Lázaro, padroeiro dos doentes, reflete a energia de Omolu, enquanto São Roque, protetor contra a peste, está associado a Obaluaiê. Esse sincretismo permitiu que as tradições afro-brasileiras fossem preservadas, criando uma fusão entre culturas que ainda hoje é respeitada.
Omolu/Obaluaiê que é frequentemente associado à figura do médico, exerce a função de senhor da cura, que está relacionado ao cuidado e a prevenção da saúde ressaltando a higiene e o equilíbrio. É considerado o responsável por curar as doenças pela intervenção dos seus médiuns ou pela própria força divina. A relação de Omolu/Obaluaiê com medicamentos envolve a função de médico e curador. Sua vestimenta e os objetos que carrega, como cabaças de remédios e água (que aprendeu a manipular com os segredos da mata), são os ingredientes necessários para a cura. Nos rituais de cura são utilizados plantas, ervas e outros ingredientes naturais, que são considerados como remédios para as doenças.
Dessa forma, Omolu/Obaluaiê é um orixá, que representa a dualidade da vida e da morte, da doença e da cura. Ele é um símbolo de esperança e renovação, capaz de trazer tanto sofrimento quanto a possibilidade de superar as dificuldades e encontrar a saúde. Aquele que se encontra doente está, em última análise, sendo chamado a se renovar, a abandonar seus condicionamentos e sua antiga composição para tomar uma nova forma, transformar-se em um novo ser.
O uso correto dos medicamentos é fundamental para a saúde. Omolu/Obaluiaê, por sua vez, nos lembra da importância da cura como um processo que envolve a aceitação, a busca pelo equilíbrio e a conexão com o mundo espiritual. A combinação da medicina com a fé é um caminho poderoso para a cura e o bem-estar.