Dia Nacional de Conscientização e enfrentamento da Fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença que provoca dor crônica e afeta 2,5% da população mundial, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. A maior incidência é em mulheres na faixa etária dos 30 aos 50 anos de idade. De acordo com o estudo realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a estimativa é que no Brasil mais de 4 milhões de pessoas sofram com a doença – desse total, entre 75% e 90% são mulheres.
A fibromialgia é uma doença invisível, o que pode levar a um desconhecimento e, por vezes, à falta de compreensão por parte de familiares e amigos. O dia de conscientização ajuda a combater o estigma associado à doença, permitindo que as pessoas com fibromialgia sejam mais compreendidas e aceitas.
Como forma de esclarecer a população sobre a doença e seu enfrentamento, foi instituído o dia 12 de maio como o Dia Mundial de Conscientização da Fibromialgia.
Nesta data, o principal ponto é a conscientização de que a fibromialgia não é uma doença psicológica, mas que ela pode estar sim ligada a alterações emocionais. Isso porque causa uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição e distúrbios do sono, além de dores musculares generalizadas e crônicas, que podem durar mais de três meses, sem apresentar evidências de inflamação nos locais doloridos.
A fibromialgia é um distúrbio de regulação da dor do cérebro que pode ser incapacitante, além de causar uma deficiência na qualidade de vida das pessoas. Como a dor, o cansaço e o desconforto tornam-se, em diversas ocasiões, bastante intensos, a pessoa necessita de descanso ou reduzir muito suas atividades para o corpo se reorganizar e dar continuidade às tarefas. Por esta razão, o símbolo da fibromialgia é a Borboleta , representando o tempo de casulo (recolhimento) e o tempo para voar com dor suportável e melhor ainda sem ela. A Borboleta também como Animal Espiritual possui um significado profundo de transformação e novos começos. A sabedoria da pessoa com fibromialgia está no meio termo entre esperar para deixar passar a dor ou a crise e agir ponderadamente para não deixar as coisas passarem.
A remissão completa da fibromialgia é difícil, mas não impossível. O tratamento é obrigatoriamente multidisciplinar, abrangendo os aspectos orgânicos, psicológicos, sociais e espirituais. A atividade física, feita em ritmo moderado e com longa duração, eleva a capacidade respiratória (aeróbica), aumenta a musculatura e a força. O exercício de baixo impacto reequilibra o sono, eleva a serotonina, produz endorfinas e somatostatina que melhora o trofismo muscular. Essas medidas resolvem 50% a 60% dos casos. O tratamento alopático engloba diversas drogas, como o antidepressivo tricíclico, em doses baixas. A homeopatia, a Terapia Floral de Bach e a Acupuntura também apresentam bons resultados, mas os tratamentos psicológicos e espirituais se impõem pela necessidade da transformação moral urgente.
Alguns estudiosos dizem que pessoas extremamente autocríticas sofrem de fibromialgia, mais especificamente aquelas que não perdoam ou perdoaram seus erros do passado.
Os espíritas vão além da explicação psicossomática e defendem que a fibromialgia pode vir de “erros e inconformismos” de outras “encarnações”.
Já a Psicologia diz que pessoas muito rígidas e críticas consigo mesmas e com os outros, além de apegadas ao passado podem vir a sofrer de fibromialgia.
A espiritualidade no enfrentamento da Fibromialgia.
Diversos estudos propõem tratamentos alternativos, incluindo o uso da espiritualidade como alternativa para o manejo da dor:
O Passe
As energias transmitidas pelo passe, tanto nos centros espírita quanto nas giras de cura em um Terreiro de Umbanda, visa repor energias, limpar o campo energético do paciente e promover um estado de harmonia e bem-estar, como principal benefício o alívio da dor. Na fibromialgia sendo a dor uma constante, que afeta não só o físico, mas também o emocional e espiritual, fazendo com que todo o organismo entre em desequilíbrio. Assim sendo, o passe irá, não só proporcionar um alívio da dor, como também uma melhoria no estado geral do doente, devolvendo-lhe o equilíbrio energético.
Benzimento, benzedura ou benzeção: um grande dom dos Pretos Velhos.
Na Umbanda, a prática do benzimento, também conhecida como benzedura ou benzeção, é uma das principais marcas dos Pretos Velhos.
Quando a mamãe caiu quebrando a coluna em três lugares e sentindo muita dor, pedi a Deborah que se pudesse conversar com a vó Catarina que pedisse à ela algo que pudesse amenizar a dor. Uns dias depois a Deborah me perguntou como estava a dor da avó, falei que tinha diminuído, e ela me disse que a vó Catarina e a tia Sebastiana haviam feito uma “costura” nela. Achei interessante, mas não perguntei como era feito o costurar.
Conversando com o Wellington no preparo desse texto ele me falou que o “costurar” é um remendo energético nas rupturas do corpo espiritual, do campo emocional ou mesmo do corpo físico. Ao “costurar”, os pretos velhos selam rachaduras que muitas vezes são causadas por dores crônicas como a fibromialgia que pode ser vista como uma manifestação prolongada de tensões, traumas, cargas emocionais e energias acumuladas que o corpo já não consegue mais descarregar.
Quando os Pretos-Velhos “costuram”, para cada nó numa oração, eles estão reconectando fios de energia interrompidos, como se reconstituíssem os nossos circuitos. Selando rasgos ou vazamentos energéticos, que causam perda de vitalidade e aumentam o cansaço.
No Terreiro Firmina do Rosário, uma casa de Pretos Velhos eles exercem uma função fundamental, que vai além do que muitas vezes se vê em uma simples consulta espiritual. Eles atuam como verdadeiros terapeutas ancestrais, com uma escuta atenta tocando nas camadas mais profundas de nossa alma. Orientando e dando conselhos, eles trabalham em um nível psicológico e espiritual, nos ajudando a lidar com nossas dores e traumas que, muitas vezes, estão enraizados nas nossas vivências.
Assim, os Pretos Velhos tocam o coração e a alma de quem os procura, ajudando a curar feridas profundas e promovendo uma transformação genuína. É uma cura que nos ensina a olhar para o passado com respeito, para o presente com coragem e para o futuro com esperança.